Onde eu estava com a cabeça?
Quantas vezes você já se fez essa pergunta com vontade
arrumar as malas e ir embora para outro planeta?
Pois é, no momento
parecia a coisa certa a se fazer, falar, mas hoje, lembrando, poxa que vergonha,
arrependimento.
Penso que isso vá se repetir até nosso último suspiro, pois
até lá estaremos tomando escolhas e se a vida é uma sequência de aprendizado,
então estaremos nos arrependendo de muitas coisas.
É errando que se
aprende, certo? Errado, também podemos aprender observando erro alheio. Alteridade.
Como eu pude mandar aquela mensagem? Como eu tive coragem de
me humilhar daquela forma? Como eu me deixei enganar por tais pessoas? Nossa,
como não percebi antes aquela amizade falha?
Essas e outras milhares
de perguntas rondam nossa cabeça durante o dia, as vezes até mesmo com o abrir
dos olhos: “Porque eu fui dormi tão tarde?”
Mas, não aprendemos com isso? Porque continuamos a fazer
coisas que futuramente possam trazer arrependimento?
A resposta é simples,
cada coisa que fazemos trará consigo ônus e bônus, e logo, salva e
arrependimento. Acontece que nossa cabeça muda conforme o tempo passa,
lógico, e assim como hoje olhamos para uma criança e achamos que suas atitudes podem
não ser as que idealizamos, também olhamos para um ancião e discordamos de seus
ideais.
Cada fase da vida vem
recheada de ideologias, crenças e com elas decisões, nem decisões boas, nem
ruins, mas adequadas para cada fase. Muito embora algumas pessoas tenham ideias
nada legais durante a vida toda e que afetam o meio todo, mas são exceções.
É bom arrepender-se de algo que fez, que falou, que se
submeteu, é sinal que se arriscou, que ousou, que viveu. Melhor ainda quando
tirou alguma lição de cada coisa que fez.
Há certas decisões que mesmo não dando certo momentaneamente, lá
na frente fará sentido, como uma peça de quebra-cabeças, coisas que
precisamos passar para poder crescer, amadurecer.
Ter história para contar.