sexta-feira, 6 de maio de 2016

Era o momento para sediar uma Olimpíada?

     Pelo que parece estamos, de fato, retornando à política Pão e Circo aos padrões Romanos, porém, dessa vez os Leões e Tigres ofereceram lugar à Dengue, H1N1, Chikungunya, desemprego, microcefalia, entre outras “feras” que o gladiador brasileiro está enfrentando.


     E que tal um espetáculo para chamar a atenção da população para outro lado?

     As Olimpíadas...

     De fato funcionou muito bem, pois no momento a maior preocupação é a permanência da tocha olímpica acesa.

     Só para o revezamento em Brasília serão desembolsados nada menos que R$ 4,3 milhões de reais.

     Bom, tudo bem, é em prol do esporte e isso é muito importante, inclusive quando nosso País goza de plena estabilidade política e financeira.

     Tudo bem que ainda há obras inacabadas da Copa.

     É uma vergonha que em meio à crise política e financeira que estamos passando, sediarmos um evento que custará cerca de 39,1 bilhões. Dinheiro esse que poderia ser investido na saúde e educação assim como fez a Suécia que se recusou a sediar o evento para investir o dinheiro público em moradia. Prioridades.


      São cerca de 10 milhões de desempregados no Brasil e a situação se agrava cada vez mais. No último mês foram em torno de 18 mil exonerações em carteira assinada. Isso no setor político-financeiro. 


O importante são os 80 mil novos empregos temporários que as olimpíadas irão gerar. 
     É contraditório se olharmos o valor exorbitante que será investido nessa “festa” e em contrapartida não há renda para investir em vacinas de prevenção à gripe H1N1 para a população, lembrando que já foram mais de 1012 casos em estado crítico da doença. Até o dia 9 de abril, o Ministério da Saúde já apresentava 153 registros de mortes por H1N1 em todo o país.
   
     O custo da vacina de prevenção à gripe chega à 80,00 R$, porém as grandes empresas patrocinadoras das olimpíadas não se manifestaram para patrocinar esse custo, pois provavelmente seria muito alto.



     O que resta ao povo é aguardar até 2018, até lá terão muito tempo para pensar e analisar com cuidado na escolha frente à urna eleitoral.
 

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