quarta-feira, 6 de abril de 2016

O que há por trás de uma imagem?

Dizem que "uma imagem vale mais do que mil palavras", porém como apreciadora de textos não enxergo esta citação como uma verdade absoluta. Pensando nisso, publico logo abaixo uma foto da belíssima Edneia junto de seus belíssimos filhos. No entanto, o que há por trás da imagem?



Vemos uma família feliz, unida, uma foto que lá no fundo pode até causar invejinha empatia, alegria, um grande e fofo: Ownnnn. Contudo há uma história por trás destes rostos, desta família e agora tenho o prazer de compartilhá-la aqui, pois é recheada de valores, amor, batalhas e, acima de qualquer coisa, muita fé!


Então, aqui segue o seu relato, leia de coração aberto e perceba como tudo que você sonha, um dia se realiza, entretanto, nem sempre é na hora que deseja. Então leitores, lhes desejo uma boa leitura:

"Sempre quis ser mãe. Não me imaginava não sendo. Os anos se passaram, e eu conheci o Cleverson, meu esposo. Nos conhecemos em Abril de 2003 e oficializamos nossa união em Novembro de 2007. Decidimos depois de 2 anos de casados que era o momento de ter nosso filho, apesar de não termos problemas de saúde, a coisa não foi assim tão fácil. E parece que todo o mundo resolve engravidar, e consegue menos você. 
Estávamos tentando fazia já uns 09 meses e nada, tentativas frustradas. Pensava por que pessoas que não queriam ser mães engravidavam, outras faziam abortos e as pessoas que estavam dispostas a amar não conseguiam.
Até que tive um atraso em Junho de 2009 e comprei o teste de farmácia. Fiz e deu positivo. Fiquei radiante, mas logo tive sangramento fui até o consultório, o médico falou que eu não estava grávida, nem nunca tinha ficado, mas tinha uma doença chamada endometriose localizada no meu ovário esquerdo e era necessário retira-lo com urgência. 
A endometriose tem sintomas pode ser cólica, fluxo menstrual, dor, entre outros, eu não sentia nada. Então Deus arrumou um jeitinho de me mandar fazer exames.
E a endometriose estava comprometendo meu ovário, porque estava com o tamanho maior que o dobro do ovário, consulta foi na sexta-feira e ele marcou a cirurgia para segunda próxima. Consulta pós-cirurgia ele explicou que, meu ovário estava crescendo e podia ter estourado, se isso acontecesse eu ficaria estéril e que eu estava com um ovário bem menor, pois ele teve que cortar um pedaço. 
Passado algum tempo em Março de 2010 fiz um teste clinico resultado “positivo”. Fiz a primeira consulta, o primeiro ultrassom e lá estava meu feijãozinho. Pensei no quanto Deus era maravilhoso em me mandar aquele presente. Minha vida não poderia ser mais perfeita. Eu passava em frente às lojas de bebês e tinha vontade de comprar tudo, só pra ver minha casa permeada daquela atmosfera materna.
Em Julho de 2010, com 4 meses de gestação, veio à confirmação: era ele. Meu Daniel.
Meu menino tão desejado. Tão sonhado. 
Ele estava bem e eu também
Era uma sexta-feira, dia 17 de Novembro de 2010. Eu percebi que Daniel tinha mexido pouco. Ele que mexia demais. E sempre forte, parecia cansado, tive contrações, já estava com 30 semanas de uma gravidez tranquila, fui ao médico e ele me encaminhou ao hospital, no ultrassom estava com mais de 50% descolamento de placenta e com hemorragia interna, tivemos que fazer uma cesariana de emergência, mesmo nervosa estava feliz, pois conheceria meu presentinho. Daniel nasceu dia 17/09/2010 as 20h13min pesando 1.830 e com 41cm era lindo, perfeito, minha benção.... mas, no dia 19 de setembro de 2010 minha alegria foi interrompida. Depois de 2 dias na UTI, o pulmãozinho dele ainda não estava pronto para nascer.
Daniel estava em repouso, aguardando a volta do Pai.
Meu filho me deixou.
Meu sonho parecia ficar cada vez mais distante. 
Chorei, fiquei muito triste, desejei morrer, senti a maior dor da minha vida.
Uma mistura de sentimentos: ódio, revolta, tristeza. 
Porque Ele permitia que aquilo acontecesse na minha vida. Eu nunca entendi.
Então tentei superar e ir adiante.
Médico falou que teríamos que esperar devido ás complicações do parto e a hemorragia, e que poderia demorar a engravidar devido às condições do útero.
Passados 9 meses da perda, eu me senti pronta para tentar outra vez. Não fiz planos. Engravidei na primeira tentativa.
15 de Junho de 2011, uma alegria: eu estava grávida novamente.
Lembro quando o Guilherme baterista da igreja comentou que tinha nos visto entrando na igreja com uma menina nos braços.
Tive sangramento logo no início da gestação, medico disse que era cedo pra engravidar e deveriamos deixar a natureza agir. Aquelas palavras me fizeram mudar de médico. Foi quando conheci a Dra Fabiane Sloboda nossa primeira consulta depois que contei a historia ela me olhou com olhar carinhoso e disse gravida você ja está vamos segurar esse bebezinho aí, fiquei em repouso, a gravidez toda tomei remédios para inibir contrações, Deus coloca as pessoas certas em nossas vidas. E Ele tem um projeto para minha vida. 
Passaram-se o tempo veio à confirmação, era uma menina a Fernanda estava chegando.
Com 6 meses de gestação fui afastada do trabalho, era mesmo tempo da gestação anterior onde tive o descolamento e não queríamos correr riscos. Desacelerei.
Fernanda chegou por uma cesariana programada, no dia 8 de fevereiro de 2012, com 37 semanas.
às 07h16min com 2,890kg e 46cm e muita saúde. Minha menina trouxe a alegria que a minha casa precisava ter. Trouxe brinquedos espalhados no chão, roupinhas miúdas no varal, novas músicas, serões de madrugada, e muito amor.
De lá para cá nossa vida nunca mais foi a mesma, nossos dias tornaram-se mais alegres e mais coloridos.
E vendo como era bom, e porque sou de uma família grande, sempre quis dar a Fer a experiência de ter irmãos, porque os meus foram – e são – muito importantes para mim. (mesmo com as brigas).
Então quando me senti pronta para tentar outra vez. Engravidei novamente na primeira tentativa.
Com 6 para 7 semanas minha primeira consulta pré-natal, falei para a médica se poderia vê-lo no ultrassom para ver como estava o bebê, lá estava ele, meu feijaozinho lindo e ..... SURPRESA! Eram dois! 
Deus realiza alem do que pensamos, alem do que sonhamos!
Lembro quando a pastora Ivone Santos me falou durante um culto de sexta-feira 'Deus vai te surpreender, tua bênção é tão grande que não pode imaginar'
Minha gravidez gemelar foi uma surpresa total. 
Nunca imaginava uma coisa dessas, pois eu e meu marido não fizemos nenhum tratamento.
Minha cabeça rodava com a ideia de ser mãe de gêmeos, era muita informação para ser absorvida, muita emoção, muita dúvida…. não parava de rir e tremer medo de não dar conta, insegurança, mas muita felicidade.
Demorei quase uma semana para conseguir concentrar em qualquer outra coisa. O amor que já existia extrapolou, os cuidados eram dobrados e a felicidade também.
Com 12 semanas descobrimos o sexo de um o outro não conseguimos ver, mas como são univitelinos sabíamos que seriam dois homenzinhos.
Parei de trabalhar logo no início, se uma gravidez normal requer cuidados na gemelar são dobrados. Não queria correr riscos fiquei em casa.
Bom, minha gestação foi ótima, sem ocorrências graves, nada demais. Sentia cansaço, muito enjoo e azia.
Arrumei nossas malas desde a semana 30/31. Com gêmeos, nunca se sabe ao certo quando será a hora.
Quando estava com 36 semanas na consulta pré-natal, minha médica mediu a pressão, mediu de novo e de novo, perguntou: 
Você está bem: 
Falei sim, 
Teve vômitos, dores de cabeça?
Tive faz uns dois dias que estou com uma dor de cabeça que não passa e vomitei acho que meu estomago não ta legal. 
Ela falou tua pressão ta 15/10 não posso te liberar, você vai ter que ficar no hospital em observação.
Estava sozinha, e o hospital era perto, chegando lá com o encaminhamento a moça me olhou nervosa, pegou o telefone e falou tem uma gestante aqui para parto.
Falei moça vim só para ficar em observação já vou embora. Ela disse só falei assim para as meninas virem mais rápido. Reclamei do calorão ela me trouxe água e virou um ventilador em minha direção, mas eu estava tranquilaa recepcionista que estava nervosa.
Chegando ao quarto a enfermeira me trouxe camisola, perguntou se eu queria ajuda pra trocar, tamanho da barriga às vezes atrapalhava questões simples. Falei que iria ficar com minha roupa porque eu seria medicada e logo iria para casa.
Minha medica chegou sempre competente, um amor, foi medir minha pressão tava alterada, pegou outro aparelho para medir e me falou vamos ter que interromper a gravidez, você está com pré-eclampsia, e já está com um tempo bom para gravidez gemelar.
Fiquei com medo, comecei a chorar, tinha medo de vê-los em uma UTI neo, ela falou que daria tudo certo.
Levei a gestação até 36 semanas.
Minha cesárea foi a noite e tudo correu super bem graças a Deus. 
Meu medo não se concretizou.
Os meninos foram na manhã seguinte para o quarto comigo e em menos de 48 horas já estávamos em casa. 
1º a nascer: Mateus às 21h48min - 2280 kg e 45 cm;
2º a nascer: Felipe às 21h50min - 2000 Kg e 44 cm.
Essa é a minha vida e sou muito feliz com o que Deus reservou para mim. Não mudaria um segundo sequer de tudo que vivi até aqui, pois tenho certeza que Deus cria meios e nos capacita para encarar grandes desafios!
Nunca saberemos os motivos pelos quais Deus não nos permitiu criar nosso Daniel, mas temos uma certeza: Ele nos honrou com três presentes maravilhosos. O Amor de Deus por nós se faz presente. 
Tudo tem um porquê. Mesmo que você nunca venha a entender...
Confie, Deus vai te honrar...

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